Comunique-se com o cérebro do seu consumidor. No seu raio de atendimento é claro!

A análise de como funcionam os processos cognitivos humanos (aqueles relacionados à aquisição de informações como aprendizagem, atenção, memória, linguagem, raciocínio, tomada de decisões, dentre outros) ligados ao comportamento das pessoas vem sendo estudada e implementada há algumas décadas.

Antes da explicação, eu vou te dizer o quê precisa ser feito, aí depois você vai poder entender melhor como chegamos aos dados apresentados abaixo:

Como aumentar os pedidos do seu bar/ restaurante
A) O primeiro passo é entender como você está em relação aos seus principais concorrentes. Você precisa mapear o quê é interessante, positivo e negativo para iniciar a construção da imagem mais forte da redondeza.

B) Depois de definir o que você pretende usar, precisa escolher os elementos e se certifique que eles tem tudo a ver com o seu público: Elementos, imagens, cores, fontes, sons, cheiros, texturas e sabores.

C) Sabendo disso, você pode criar análogos multissensoriais. Calma, vou te dar um exemplo e você vai ver que é mais fácil do que imagina.

Imagine que você é dono de um restaurante ou bar, no estilo outback:

As cores, mesas, talheres, decoração, arquitetura, elementos de comunicação como placas, marcadores de mesa e etc. obedecem ao tema e transportam o cliente para a experiência que você quer proporcionar através dos 5 sentidos e dos estímulos que eles captam (visual de coisa rústica, cheiro de churrasco, sabor da cerveja gelada, música estilo australiana e texturas rústicas são na verdade análogos da experiência de estar em um local como estes no seu país nativo).

Então vamos lá, nosso objetivo é gerar uma experiência memorável, então nosso checklist vai ser assim:

- Tema da experiência.
- Harmonização de satisfatores (tudo o que os clientes gostam, em cada etapa do seu processo e em cada detalhe do seu ambiente).
- Elimine os insatisfatores (tudo o que os clientes NÃO gostam, em cada etapa do seu processo e em cada detalhe do seu ambiente).
- Mix de memorabilia: A memória do seu cliente deve ser ativada novamente de tempos em tempos depois que ele sair do seu bar/ restaurante. Por isso, é importante que ele leve lembranças. Pode ser uma loja de souvenirs com canecas, cervejas, blusas e outras lembranças da sua marca, assim como materiais promocionais e é claro, aquele bom remarketing digital.
- Engajar todos os sentidos: A experiência depende do engajamento dos sentidos e a memória também se beneficia disso, pois cada sentido grava informações em um canal sensorial ou sentido. Se conseguir engajar os 5 sentidos, você terá sua marca em 5 canais sensoriais.

Agora vamos ver como começou essa história toda:

Tudo começa com a visão de um homem, SIMON (1975) ao estudar os processos cognitivos humanos ligados à tomada de decisão. Até então a opinião do consumidor não era valorizada como é nos dias de hoje, seja pela oportunidade de diferenciar produtos com uma economia em crescimento, ou pela implementação de novas possibilidades tecnológicas. Esse campo foi desenvolvido e ramificado até o processo de decisão ligado às atividades mercadológicas.

De lá para cá, muita coisa aconteceu e eu vou tentar resumir o máximo que puder:

Anos 80:
- Ocorreu a primeira ressonância magnética de corpo inteiro na Escócia, um grande avanço comparado às radiografias realizadas até então.

Anos 90:
- As imagens por ressonância magnética funcional fMRI (do inglês Functional Magnetic Resonance Imaging), que registram imagens do cérebro em atividade durante e após estímulos, foram ampliadas, mostrando a ativação das regiões envolvidas em determinadas tarefas sem a necessidade de utilizar radiação ionizante e contraste exógeno (como os aparelhos de imagem por ressonância magnética tradicionais).

- As doações às pesquisas dessa natureza são aprovadas pelo Congresso americano.

- Surgimento do campo do design emocional no final da década de 1990 com o objetivo de evitar ou impactar determinadas emoções.

A respeito de tal campo, destacou-se o psicólogo Csikszentmihalyi (1996), com sua obra sobre o estado de fluxo, e Flow, como a psicologia do alto desempenho e da felicidade, que foi um importante avanço em abordagens metodológicas ao nível de experiência ideal.

Anos 00 e 10 (década de 2000 e década de 2010):
- O então presidente Barack Obama aprova a iniciativa BRAIN (Brain Research Through Advancing Innovative Neurotechnologies) impulsionaram esse movimento reunindo órgãos federais, institutos, setor industrial e universidades.

- A Universidade Columbia também deu seu passo na construção da Mind Brain and Behaviour Initiative.

- O MIT construiu o McGovern Institute for Brain Research e há outras dezenas de iniciativas somente nos Estados Unidos. Outros países também atuam com notoriedade nessa área de pesquisa.

- Na China, além dos investimentos proporcionais à economia do país, dentre as diversas iniciativas, uma em especial chama atenção: a pesquisa neurogenética com 100 mil pares de gêmeos.

- No Canadá, na Universidade de Montreal existe o centro BRAMS – Laboratório Internacional para Pesquisa do Cérebro, Música e Som.

- No Brasil, há quatro centros de referência atuando nessa área: USP, UFRJ, PUCRS e UFRN.

- Na Europa existe um projeto liderado por Henry Markram visando criar uma simulação do cérebro humano.

- Jordan (2000) e Norman (2005), alguns dos principais impulsionadores do chamado design emocional. Com a utilização de equipamentos e técnicas de observação do cérebro em tempo real, o design passa a ser cada vez mais centrado na experiência do usuário e em seu nível de interação, engajamento e estresse, por exemplo.

Grande número de iniciativas multidisciplinares que estudam diversas particularidades, processos, efeitos e outros valendo-se de inúmeras técnicas, metodologias e procedimentos parece rumar, segundo o Prêmio Nobel de Medicina Eric Kandel em direção ao “desafio final”: compreender a base biológica da consciência.

Além disso podemos destacar os trabalhos de:
- Neuromarketing, de BRIDGER D. (2018),

- CHUANG (2018), em sua obra Right Fronto Temporal EEG can Differentiate the affective Responses to Award-Winning Advertisements, busca semelhanças e diferenças em comerciais publicitários premiados.

- HEVNER, DAVIS COLLINS e GILL (2014) na obra A Neurodesign Model for IS research, estruturam modelos projetuais para abordar problemas através de modelos de soluções complexas.

- Washington Olivetto, Nizan Guanaes e Marcello Serpa são os precursores da neuropropaganda, termo utilizado no livro Neuro Propaganda de A a Z, de Antonio Lavareda e João Paulo Castro

Atualmente, no nosso trabalho (Neurosenses) utilizamos em a análise de ressonância magnética funcional (fMRI) e o eletroencefalograma (EEG), análise de saliva e diversos outros equipamentos de análise somática (análise de órgãos, partes do corpo, etc.), além de técnicas como pesquisa em profundidade. Nosso objetivo é buscar e mapear os padrões neurofisiológicos que possam gerar uma divisão de satisfatores e insatisfatores neurocomportamentais, entendendo-se que reações desfavoráveis e reações favoráveis ocorrem quando determinado elemento é apresentado.

A construção dessas reações favoráveis (ou "satisfatores") podem ser aplicadas de forma ampla (em uma cidade, um espaço público, um espaço fechado) ou em áreas muito pequenas (um ambiente, um objeto, um alimento, experiência, uma imagem física ou digital). O ponto em questão é o resultado que deve ser projetado para que o usuário tenha a experiência pretendida e a retenha em sua memória.


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Te vejo no próximo conteúdo, até lá.
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