AVERSÃO

O gosto de algo que você quer cuspir; mesmo a ideia de comer algo desagradável pode enjoá-lo. Um cheiro que você quer impedir de entrar em seu nariz ou de provocar aversão. E, novamente, a ideia de como algo repulsivo pode cheirar produz uma intensa aversão.

Aversão
Em primeiro lugar, não é uma simples contração deste músculo que acusa a aversão. Outros marcadores além de um contexto são necessários para fazer essa análise. Podemos utilizar equipamentos que possam verificar essa resposta somática (corpo), ou fazer análises através da observação. Nesses 2 casos, a técnica utilizada para decifrar as expressões faciais é composta por códigos chamados Action Units (AUs), Action Descriptors (ADs), Moviments, Gross Behaviors Codes e Visibility Codes que correspondem à comportamentos faciais e às alterações de aparência de alguém.

Por meio da análise do FACS, a face humana é dividida em upper face (face superior) e lower face (face inferior), sendo que a duração expressão facial deve ser compreendida em 3 momentos: onset (início), apex (ponto máximo) e offset (término).

A codificação é o processo de analisar e transcrever uma expressão facial em elementos do código FACS. Esses códigos, por sua vez, também são mensurados em 5 níveis de intensidades: Mínimo, Sutil, Moderado, Forte e Máximo. Agora vamos ver o quê podemos compreender do estado de "aversão".

A visão de algo que você considera desagradável ao gosto ou olfato pode repugná-lo. Os sons também poderão repugná-lo se forem relacionados a um evento abominável. E o tato, a sensação de algo desagradável, como um objeto viscoso, pode enojá-lo.

Não são apenas gostos, cheiros e toques, ou a ideia, a visão ou o som deles que podem produzir aversão, mas também as ações e a aparência das pessoas, ou até mesmo suas idéias.

O psicólogo Paul Rozin concentrou a maior parte de sua pesquisa na Aversão acredita que o âmago da aversão envolve um sentido de incorporação oral de algo considerado desagradável e contaminante. No entanto, há grandes diferenças entre as culturas e os produtos alimentícios que são considerados ofensivos.

Os gatilhos universais mais potentes da aversão são produtos corporais: fezes, vômito, urina, muco e sangue. Essa emoção não surge de forma distinta até algum ponto entre
quatro e oito anos de idade.

As crianças e adolescentes são fascinados pela aversão. Lembre-se que lojas de brinquedos vendem imitações realistas de vômito, muco, saliva e fezes. Há um gênero completo de piadas centradas na aversão.

Segundo Paul Ekman (provavelmente o maior especialistas em expressões faciais do mundo) a aversão é, sem dúvida, uma emoção negativa; não provoca sensações agradáveis, ainda que, como mencionado anteriormente, somos mais fascinados pelo repugnante que por emoções que causem apenas sensações agradáveis. Certamente, quando a aversão é intensa, não resta dúvida de que as sensações são desagradáveis, conduzindo à náusea.

Aparentemente, a natureza nos projetou para ficarmos nauseados com a visão das entranhas de outra pessoa, especialmente se há sangue. Essa reação aversiva é suspensa se a pessoa não é um estranho, mas íntimo, um familiar, que sangra. Somos então motivados a reduzir o sofrimento em vez de fugir dele. A pessoa pode imaginar como a repugnância diante dos sinais físicos de sofrimento, de doença, pode ter sido benéfica para evitar contágio, mas isso reduz nossa capacidade de empatia e compaixão, que pode ser muito útil na formação da comunidade.

Utilizando as informações das expressões 

Antes de considerar como utilizar as informações de que uma pessoa está sentindo aversão ou desprezo, lembre-se que pode ser que a pessoa que exibe aversão não a dirige exatamente a você. Ela pode estar relacionando essa emoção a si mesma ou pode estar se lembrando de uma experiência repugnante. Ainda que também seja possível que uma pessoa que mostra desprezo possa relacioná-lo a suas próprias ações ou pensamentos.

Neste texto, pudemos ver que as emoções possuem manifestações somáticas (no corpo) e algumas são involuntárias e mensuráveis. Nossa missão na DNA Neurosenses é mapear as manifestações somáticas das emoções e desenvolver tecnologia de leitura automática, seja para o estudo de produtos e serviços como de estados de saúde como nosso trabalho nas áreas de satisfação em alimentos, fragrâncias e agora burnout. 

Além disso, através da iniciativa: Neurodesign Science Research e Neuromarcas, estamos ensinando profissionais da comunicação, marketing e design, como desenvolver projetos que possam engajar os usuários, maximizar resultados e aproximar a humanidade da próxima grande fronteira: Entender as bases biológicas da consciência.

Te vejo no próximo conteúdo, até lá.

Fontes: 
A Linguagem das emoções de Paul Ekman; 
Handbook of Emotions de Jonathan Haidt, Paul Rozin e Clark McCauley. 
Neurodesign Science Research de Alexandre Magno da Rocha Vianna.
Facial Action Coding System (FACS) de Paul Ekman e Wallace V. Friesen.
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