O Pensamento e o Cérebro.
É a interação que se produz no cérebro entre as vibrações emitidas dos estímulos externos e as vibrações internas do cérebro que são capazes de reconhecer e processar essas informações.
Essas vibrações podem ser observadas através de equipamentos de EEG (eletroencefalograma) por exemplo. Esses equipamentos conseguem captar a frequência, período e amplitude das ondas que se manifestam da seguinte maneira segundo Hanz Berger.
Entre 8 a 13 ciclos por segundo (8 a 13 hertz). Está associado a um estado mental mais relaxado. Habitual quando os olhos estão fechados, bloqueados por um estímulo repentino ou durante a concentração em problemas matemáticos.
Ondas BETA:
Dividido em High BETA (foco, ativo e alerta) e Low BETA (sono, meditação e relaxamento).
Entre 14 e 30 ciclos por segundo (13 a 50 hertz). Está associado a concentração intensa e a agitação mental.
Ondas DELTA:
Sono profundo sem sonhos, memória explícita declarativa.
Entre 0.5 e 4 ciclos por segundo (0.5 a 4 hertz). Está associado a doenças, degeneração e proximidade com a morte.
Ondas GAMA:
Sentidos, percepção e consciência. Conectam diferentes frequências.
Entre 25 e 100 ciclos por segundo (25 a 100 hertz).
Ondas TETA: Sono com sonhos, aprendizagem e memória.
Entre 4 e 7 ciclos por segundo (4 à 8 hertz). Está ligado aos estados mentais emotivos, à imaginação criativa e a especulações profundas.
O cérebro recebe estas informações através dos sentidos e essa informação navega até ele através das fibras sensitivas do nosso sistema nervoso cérebro espinal. Ao chegar ao seu destino, estas informações são conduzidas a locais específicos para serem processadas internamente e gerar uma resposta condizente, de acordo com as nossas experiências similares anteriores (reflexão, fala, reação, imaginação, concentração, etc.).
As zonas do cérebro responsáveis por estas interpretações eram conhecidas pelos egípcios da antiguidade, como pode ser visto no papiro antigo descoberto por Edwin Smith, que é chamado de Surgical Papyrus. Vários casos nele tratados são importantes para a Neurociência porque eles discutem o cérebro, as meninges (que são membranas do cérebro), suas áreas, a medula espinhal e o líquido cefalorraquidiano (que é um fluido que fica circulando no espaço intracraniano) pela primeira vez na história.
Confira algumas de suas principais funções:
Lóbulo frontal:
Atos volitivos como, julgamento, criatividade, resolução de problemas, planejamento, movimentos voluntários do corpo, linguagem, personalidade, controle comportamental e controle emocional.
Lóbulo temporal:
Audição, memória, significado das palavras, linguagem (existem sobreposições parciais nos outros lóbulos), codificação da memória, afeto e percepção visual.
Lóbulo parietal:
Processamento e integração de funções sensoriais como temperatura, pressão e dor. Assim como na avaliação de tamanho, forma, distância e símbolos. Também fazem parte de suas funções a audição, percepção visual e memória.
Lóbulo occipital:
Responsável pela percepção visual, incluindo cor, forma e movimento.
As zonas cerebrais devem ser constantemente estimuladas para aumentar seu potencial como o treino físico, leitura, meditação e reflexão.
Tendo em vista estas informações, podemos treinar os nossos pensamentos a partir de reflexões e meditação, além do estudo, ou seja.
Se temos um problema que precisamos solucionar e a solução não se apresenta de imediato no nosso pensamento, podemos parar para refletir e meditar sobre o mesmo. Caso não seja suficiente, precisamos dar novos recursos mentais para o cérebro através de estudos e leituras sobre o problema, fazendo com que ele tenha mais ferramentas e informações para conectar insights.
Alexandre Magno da Rocha Vianna
17/02/2023
